domingo, 2 de setembro de 2007



Cidade-colagem pode ser considerada como uma caracterização que constituem indicadores da dificuldade de diagnosticar a metrópole. Segundo os teóricos Colin Rowe e Fred Koetter, a estriagem das cidades como colagem, deve ser analisada como uma cocha de retalhos, tendo uma justaposição de imagens visíveis do sistema viário criando uma lógica de mobilidade e articulações do espaço urbano.
Essa cidade colagem, montada uma imagem sobre outra pode ser considerada como um ambiente pós-moderno tendo a importância dos edifícios, casas, figuras caracterizadas principalmente com a sua verticalização, criando assim um espaço como fundo de um cenário urbano “artificial”. A arquitetura pós-moderna adota uma relação que pode ser considerada como construtiva de “figura e fundo” na cidade, no qual tanto os espaços livres quanto os construídos estabelecem uma proporções contrária no contexto da malha urbana.
Em um trecho de Cidade Colagem, Isalah Berlin comenta que “a raposa conhece muitas coisas, mas o ouriço conhece uma grande coisa”, ou seja, a raposa consegue relacionar vários tópicos e ter um conhecimento mais vasto, enquanto o ouriço tem um único caminho para chegar ao seu grande conhecimento. Dentro deste trecho pode-se perceber a relação com os pensamentos críticos de arquitetos considerados modernistas como os ouriços, e a raposa representante de um pensamento contraditório a este modernista.
A bricolagem é outro tema relatado no livro Cidade Colagem, dos teóricos Colin Rowe e Fred Koetter, onde está relacionado com a questão do ouriço e da raposa. A bricolagem é um termo que vem do francês "bricolage", e este conceito surgiram na década de 50 nos Estados Unidos, essa idéia de bricolagem é uma forma de arte muito criativa, no qual qualquer um pode tentar fazer algo a partir de objetos que no final tomarão formas abstratas ou reais, ou seja, uma colagem de objetos diferentes, possuindo uma própria estratégia para usar de forma criativa materiais existentes. Na arquitetura moderna o processo de colagem é mais evidente na produção de Le Corbusier, que em suas obras conserva as origens do espaço e transforma com inovação o contexto com a arte. E a relação seguida na bricolagem, onde o bricoleur executa várias tarefas disfarçado de engenheiro, pode ser observada e comparada com as obras de Le Corbusier, disfarçado de ouriço, embora muitas vezes se comporte como uma raposa.








(Cidade Colagem - Ana Bustos)



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